sexta-feira, 26 de março de 2010

A ESCOLHA (extraído do site "inacreditavel.com.br)


Dia após dia vive-se em um mundo cada vez mais orwelliano. Vivemos na democracia do politicamente correto e cada atitude, gesto e até mesmo pensamento é vigiado pelos xerifes do patrulhamento ideológico de plantão. E eles são muitos... Estão em toda parte e todo lugar. Vivemos diariamente na correria cotidiana de trabalho e pressões diversas e inclui-se aí nesse "diversas" também a posição por uma postura politicamente correta. Basta desviar-se um milímetro do caminho da verdade previamente estabelecido pelos senhores gurus do comportamento perfeito da mídia (e incluem-se aí todas as suas vertentes, seja internet, TV, rádio ou papel impresso) e como por mágica surgirão dedos lhe apontando suas faltas.

O politicamente correto diz que não se pode julgar ninguém, pois em nosso mundo evoluído e completamente relativizado cada um possui um modo de ver este mundo e sendo assim cada qual possui a sua verdade. Porém, mesmo neste mundo liberal, relativizado e sem tabus há algo que deve ser segregado e estigmatizado com força máxima ao menor sinal de aparição. Neste maravilhoso mundo novo de tecnologia e liberdade onde qualquer um deve ter o direito de demonstrar e falar abertamente, por exemplo, sobre sua "opção" sexual (que belo dia será quando começarem as passeatas pelo orgulho dos zoófilos e necrófilos!!) palavras como Hitler, Nazismo e Fascismo causam arrepios e repulsa repugnante. E ai daqueles que esboçarem, ainda que timidamente um grão de simpatia por tais substantivos. O poderoso martelo do politicamente correto descerá sobre suas cabeças com força divina; e isto é apenas o começo, pois dependendo de onde o pobre diabo que exteriorizou um pouco de seus pensamentos estiver localizado haverá uma avalanche de processos jurídicos, protestos de cidadãos indignados e toda sorte de palhaçada que a mídia se deleitará em mostrar em seus jornais. Este será o inicio de um longo martírio.

É intrigante como neste mundo pós-moderno, onde teoricamente não há certos e errados, o simples uso da liberdade de expressão, algo tão prezado e louvado nas democracias ocidentais, pode instigar sentimentos tão nefastos e atitudes ainda mais violentas. Agora, analisando-se friamente os fatos, de onde pode vir tal aversão? Com certeza décadas de ação depreciadora por parte da propaganda dos vitoriosos aliados tem um papel fundamental nisto, pois se observarmos com atenção é praticamente impossível passar um dia sequer onde não há um programa de TV sobre os diabólicos nazistas, uma semana que não haja uma nova revista na banca de jornal sobre a terrível SS ou o satânico mecanismo do holocausto... As editoras e TVs são quase sempre as mesmas, os autores, geralmente figurinhas carimbadas, as alegações, mesmo sendo as mais absurdas possíveis e que já há anos foram desmentidas até por historiadores do mainstream, continuam sendo as mesmas; e nesta lista entram os já desgastados abajures de pele humana, câmaras de gás, sabão de gordura de prisioneiros judeus e etc. A lista é grande, quase infindável... E mais interessante ainda é presenciar a reação das pessoas com este tipo de material. Lembro de uma vez, há alguns anos, quando no intervalo de almoço, estava reunido com um grupo de colegas de trabalho próximo a uma banca de jornal. Dentre as diversas revistas disposta para exibição havia uma dessas publicações infames sobre Hitler. Um dos colegas olhou, leu brevemente o título de chamada da revista e como que sendo uma grande autoridade no assunto lá tratado exclamou "Este aí está lá embaixo (apontando para o chão), queimando no inferno...". Neste momento eu me pus a pensar... Até onde eu sabia este rapaz não era nenhum grande entendido do assunto Segunda Guerra Mundial, nacional-socialismo e muito menos devia ter sequer lido uma biografia sobre Hitler, nem mesmo uma como o tão aclamado Hitler - de Joachim Fest, e mesmo assim esse rapaz se sentia quase que investido de autoridade papal para efetuar um julgamento dogmático de que o tão mal falado líder alemão se encontrava nas profundezas do inferno queimando... De onde será que veio esse julgamento? A influência não é tão difícil de imaginar e a imbecilidade de aceitar tudo passivamente, sem mover um neurônio sequer em julgamento completa o serviço.

E para aqueles que conseguirem escapar dos grilhões politicamente corretos da mídia, um mundo sombrio lhes aguarda. O que fazer, quando se chega a conclusão de que 70 anos de propaganda e toneladas de revistas, livros, filmes e programas de TV não passam de lixo tóxico não reciclável? O que fazer quando se pode realmente se libertar da cortina enfumaçada de mentiras e em um complexo processo de raciocínio lógico chegar à conclusão de que a tal atrocidade nazista e (sua maior representante) as câmaras de gás simplesmente nunca existiram e você chegar a ter simpatia com a figura de Hitler? Neste caso só existem dois caminhos a se escolher: esqueça tudo e volte à sua vida anterior, no mundo das tenebrosas fábulas holocáusticas ou conhecendo a verdade, e a verdade lhe libertando, prepare-se para trilhar um caminho sombrio, sim sombrio, pois as mentiras são muitas e seus asseclas infernais mais ainda.

A confrontação com a verdade e a possibilidade da escolha remete às imagens bíblicas e até mesmo a certas produções hollywoodianas (Matrix que o diga), mas é a mais pura verdade. Como Cristo disse, o caminho da verdade é estreito e espinhoso; os inimigos são muitos e igualmente é a honra em se manter com a cabeça erguida e confiante na vitória final. Havendo esta iluminação mental e elevando os olhos acima do mar de mentiras é que se notarão muitas coisas que antes passavam despercebidas. Verá que aquela notícia que antes parecia tão inocente no jornal, na verdade oculta algo de tendencioso e manipulado; que aquela superprodução do cinema não passa da repetição mecânica da mesma mentira de sempre... Enfim, sua mente estará apta a ser crítica e daí é que surge o grande temor dos poderes plutocratas estabelecidos. A verdade. Sim, eles a temem como o demônio à cruz. Imagine o que aconteceria se uma grande parte da população viesse a despertar de seu sono enganatório e chegasse à conclusão de que os grandes regimes fascistas não eram nenhum monstro, e que muito pelo contrário, o povo vivia melhor e mais feliz nestes países nessas épocas... O que os plutocratas apátridas fariam se a massa do povo desligasse suas TVs, deixassem suas novelas e BBBs reservados para a lixeira e começassem a gritar que a democracia é um lixo fabricado. Se o povo se negasse a aceitar a anti-cultura de funk, carnaval, pornografia, alcoolismo e malandragem imposta por esses ditadores da imbecilidade e desejassem ter como um líder um Hitler, um Mussolini, um Franco ou um Salazar? E se o povo estivesse a ponto de pedir que a tal "liberdade" anárquica e decadente fosse suprimida em troca de segurança, trabalho honesto e uma elevação cultural/social?

O brilho da autoridade séria, disciplina e disposição para o sacrifício em prol de algo maior e a negação ao poder do ouro que o fascismo carrega intrinsecamente é o que faz os plutocratas exploradores do povo o temer tanto. E você, o que escolherá? A honra ao trabalho e à honestidade ou toda a glória ao dinheiro... Eis aí a bifurcação na estrada, a escolha cabe a você...

Viktor Weiß, 25/03/2010.

domingo, 24 de janeiro de 2010

ARGUMENTAÇÃO SOBRE O NACIONAL SOCIALISMO

(texto extraído do site www.inacreditavel.com.br)

Conforme já apresentado aqui em outro episódio, em 1989, por ocasião do aniversário de 100 anos do líder alemão Adolf Hitler, a Rede Bandeirantes de Televisão apresentou um debate sob regência da apresentadora Silvia Popovicc.
O ponto alto desta parte do debate foi quando o Sr. Konder afirmou que o movimento Nacional-Socialista alemão se valeu dos trabalhadores marginalizados como massa de manobra. Exaltou-se ao ser confrontado pelos opositores na mesa, e chegou a afirmar que as “forças da democracia” e a “consciência democrática” são os grandes impeditivos para o ressurgimento daquilo que ele depreciativamente chama de regimes totalitários.
O mais relevante desta afirmação do Sr. Konder é constatar que as tais “forças” da democracia se configuram menos na verdadeira consciência popular do que, de fato, em medidas de força para silenciar a pesquisa revisionista. Trata-se de um eufemismo muito bem empregado para legitimar a coação contra a liberdade de expressão daqueles que ousam propor uma releitura de eventos históricos tão importantes. Interessante notar, ainda, que em outro ponto do debate o Sr. Konder acusou um dos membros da mesa de se valer de atos de “violência e intimidação” em seu ativismo político. Não é preciso conhecer a fundo o tema para apontar esta flagrante incoerência de discurso: ao mesmo tempo em que os defensores da “versão oficial” caçam os revisionistas em todos os cantos do mundo, não têm o menor pudor em vir a público e sustentar um discurso hipócrita. As tais “forças da democracia” parecem não resistir à pesquisa acadêmica de alguns poucos corajosos, libertos das amarras do politicamente correto...

Foi respondido pelo Sr. Zanine, que não titubeou em dizer: “isso é uma mentira dos inimigos do socialismo”, dentro da sua concepção de que se configuraria o Nacional-Socialismo na verdadeira doutrina Socialista, pois sua experiência histórica apresentou a maior revolução já vista na promoção do bem estar social, na elevação e dignificação da pessoa humana e, principalmente, na luta contra as Altas Finanças. E por contrariar interesses de uma conhecida elite que atua nos bastidores do poder, foi o Nacional-Socialismo condenado a uma virulenta campanha de difamação através da propaganda de guerra.
“A prova do pudim está em comê-lo” - talvez o Sr. Konder tenha razão; e parece que uma velha receita torna a inspirar novamente as pessoas em todo o mundo, fartas da decadência da sociedade contemporânea e saudosas de um tempo de glórias...
http://www.youtube.com/watch?v=4BRM97ii_Ko

sábado, 16 de janeiro de 2010

ADHAN




يأتي إلى الصلاة

حان للخلاص

حي على الصلاة ، وتأتي الى الخلاص. الله أكبر. الله هو الله وحده والنبي محمد (ص) هو رسوله. هذه الكلمات هي من حكمة وإلهام لأولئك الذين يتجمعون في المسجد لممارسة شعائرهم الدينية ومصدر إلهام لكسب اتباع التوجيهات من القرآن الكريم ، والذي يبين لنا طريق الفضيلة والممارسة التي لا بد أن تفكيك الهياكل المسؤولة عن معاناة الأكثر فقرا من البرازيليين من السلع الضرورية والمعرفة.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

EDUCAÇÃO


"O ensino ou a aprendizagem não é necessariamente aquele currículo metodológico, e aquelas matérias classificadas nos livros escolares que os jovens são forçados a aprender, durante as horas intermináveis que passam sentados em filas em suas carteiras escolares.
Esse tipo de ensino, agora dominante em todo o mundo, é contra a liberdade humana. A educação obrigatória a que os países do mundo forçam os jovens, sempre que podem, é um dos métodos de suprimir a liberdade. Constitui uma obliteração compulsiva dos talentos do ser humano. É um ato ditatorial, prejudicial à liberdade porque priva o homem da possibilidade de escolher e encontrar livremente o seu talento e o seu campo de criatividade preferido. Obrigar um ser humano a aprender de acordo com um currículo previamente estabelecido é um ato ditatorial tal como impor certos assuntos ao povo é totalmente arbitrário..." (Muamar Khadafi – Presidente da Líbia)

Nacional Socialismo: ainda é possível?

(Texto extraído do site www.inacreditavel.com.br)

Marcelo Franchi: Sr. Norberto, em seu livro você quis mostrar o outro lado da história, o lado de quem perdeu a guerra. O que o levou a transmitir às futuras gerações essa sua particular visão do conflito? Valeu a pena escrever o livro?

Norberto Toedter: Foi bom mencionar futuras gerações, porque o que me levou a começar a fazer anotações sobre aquela minha experiência foi justamente a geração que vem me sucedendo, meus próprios filhos e netos. Eu vinha percebendo que estavam recebendo uma instrução na escola etc que não correspondia em nada a realidade que eu vivi. Então comecei a fazer estas anotações justamente destinadas a esses meus familiares. E dali automaticamente desenvolveu-se um volume maior de informações que passaram a constituir um livro. E aconselhado por amigos eu mesmo editei a primeira edição deste livro e teria ficado muito satisfeito se tivesse conseguido uns 60 leitores, porque não acreditava que pudesse ter muito sucesso. A primeira edição foi vendida e encontrei um editor para a segunda edição e me considero muito satisfeito porque consta ai nos meios editoriais que 90% dos autores não passam da primeira edição e eu já passei.

Marcelo Franchi: Então valeu a pena escrever o livro?

Norberto Toedter: Valeu a pena. Sem dúvida. Essa nossa reunião aqui, hoje, é mais uma prova de que valeu a pena.

Marcelo Franchi: Você pensou em editar uma nova edição do livro no idioma alemão?

Norberto Toedter: Já, já pensei, já fui aconselhado nesse sentido, já me deram endereço de referência, inclusive de editores que assumiriam todas as despesas, só que também não pagariam nenhum royalty. Mas eu não vejo muito sentido, porque esse livro foi escrito especificamente para o público brasileiro. Eu vivo aqui, eu sou brasileiro, eu nasci aqui. Então eu achei que minha tarefa era trabalhar aqui. Porque lá já tem muita gente trabalhando, tem livros que tratam do assunto com muita competência. Então achei que seria supérfluo.

Marcelo Franchi: Qual foi sua participação neste período, antes da declaração de guerra do Brasil contra as potências do eixo? Quais foram as atividades ligadas à ideologia do Nacional-Socialismo, pois havia várias agremiações nacional-socialistas, principalmente no sul do Brasil. Você chegou a participar de alguma delas?

Norberto Toedter: Eu era um menino de 8, 9, 10 anos. Em 1938 foi proibida, antes da guerra , toda atividade cultural e associativa estrangeira no Brasil através da nacionalização decretada por Getúlio Vargas. Inclusive as escolas estrangeiras. Mas antes disso eu fazia parte da Juventude Hitlerista de Curitiba, o DBJ – Deutsch-Brasilianische Jugendring, União da Juventude Teuto-Brasileira. Esses dias até saiu na coluna de nostalgia de um jornal local uma fotografia, nós todos num palco de um clube, uniformizados, com bandeiras, tambores, fanfarras. Então realmente eu fiz parte, era gostoso, era interessante. Em datas nacionais a gente desfilava pela Rua XV, nossa rua principal, e éramos aplaudidos pelo público. Era muito bom. A gente se reunia, tinha sede. Onde nós temos o Hospital das Clínicas aqui, hoje, um belo terreno, era a sede do partido Nacional-Socialista aqui de Curitiba e que agregava também essa Juventude Teuto-Brasileira.

Antonio Caleari: Mas que não participava da política nacional...

Norberto Toedter: Não participava de jeito nenhum da política nacional. Não havia nada que pudesse ser ligado à política nacional. Inclusive porque vivíamos numa época ditatorial aqui no Brasil; não vamos esquecer isso.

Marcelo Franchi: No final de 37, Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo e ele fechou todos os partidos políticos, inclusive um movimento semelhante ao Nacional-Socialismo e ao Fascismo italiano, que é o Integralismo...

Norberto Toedter: Integralismo! Eu me lembro bem. Eram os camisas-verdes. Nós tínhamos aquelas camisas marrons e eles marchavam com as camisas verdes. Lembro-me daquele Sigma. Era uma organização, se é que pode-se falar em termos de organização, semelhante a nossa.

Os neo-integralistas atuais fazem questão de se distanciarem de qualquer vínculo com o Nacional-Socialismo, pois estão completamente contaminados pela propaganda de guerra aliada - NR.

Marcelo Franchi: E houve algum contato direto com os camisas-verdes?

Norberto Toedter: Eu sei que a gente se encontrava nesses desfiles.

Marcelo Franchi: Qual era o relacionamento entre vocês?

Norberto Toedter: Não tivemos contato direto. Não me lembro de contato direto. Talvez num nível mais alto. Talvez ali tivesse tido, mas eu não me lembro.

Marcelo Franchi: Havia uma pessoa que foi líder do Integralismo, não do Integralismo (antes de sua extinção), mas de uma organização que o sucedeu. Quando Plínio Salgado voltou do exílio de Portugal, ele fundou o PRP e o líder desse partido aqui em Curitiba foi o sr. Oscar.

Norberto Toedter: Oscar Schrappe Sobrinho. Eu me lembro bem. Descendente de alemães como eu. Ele era diretor-presidente da Impressora Paranaense, uma grande organização, uma editora gráfica. Foi presidente da associação comercial. Ele liderou aqui o movimento resultante do Integralismo..

Marcelo Franchi: Caso a Alemanha não tivesse perdido a guerra, como seria a coexistência entre uma agremiação impregnada pela ideologia nacional-socialista aqui no Brasil e as diversas correntes nacionalistas, como por exemplo, o próprio Integralismo?

Norberto Toedter: Eu acho que não haveria razões para conflito porque, creio eu, havia muita coincidência nos objetivos.

Hoje em dia não se percebe mais essa virtude de união em torno dos objetivos comuns. Mais importante parece ser salientar aquilo que separa, que desagrega... - NR.

(Em breve a entrevista na íntegra)

O COMBUSTÍVEL REVOLUCIONÁRIO DA VENEZUELA

Lula bandeou para o neoliberalismo clássico

No momento histórico em que muitos intelectuais pregam o fim das revoluções, a exemplo do sociólogo americano Francis Fukuyama, como uma consequência natural do esgotamento da produção ideológica que se oponha à já consolidada Democracia Liberal capitalista, desde o fim da Guerra Fria, os fatos contradizem essa afirmação e revelam uma tentativa remodelada de se romper com o legado das revoluções burguesas na Europa e denunciar o regime Democrático como a máscara de um liberalismo político e econômico que têm concentrado no processo histórico a maior parte da renda nas mãos de muito poucos. Essa perpetuação das elites econômicas, além de lhe concentrar nas mãos o poder das decisões, ainda está protegida pela Lei de Herança, que dificulta a ascensão social das classes e a redistribuição da renda. Portanto, ainda há algo a ser ajustado e que tem criado uma certa inquietação nos grupos que compõem as elites dominantes e que pareciam já ter consolidado seus domínios no campo político, econômico e social.

A Herança em si é algo legítimo, pois em tese transfere aos descendentes o fruto da geração anterior. Caso os herdeiros sejam incompetentes, sua riqueza esvaecer-se-á. Para proteger a "riqueza" material, a idéia atual é deixar "o dinheiro trabalhar", porém, esquece-se que alguém terá que suar a camisa para gerar os "rendimentos". Um fator importante para ajustar a distribuição de riquezas é a valorização do trabalho. Ao invés de explorar a massa trabalhadora pela escravização dos juros bancários, o trabalho deveria se tornar a linha-mestra da economia nacional - NR

Comparado ao processo político recente em Honduras, onde recentemente o Presidente eleito democraticamente, Manuel Zelaya, foi deposto por um golpe militar amparado pela Suprema Corte daquele país, o Brasil fez o curso inverso. Enquanto Lula ganhou as últimas duas eleições amparado por um programa e um discurso dignos de um governo que levaria em consideração as demandas populares, e romperia com séculos de protecionismo às minorias compostas pelas elites dominantes desse país, Zelaya foi eleito em uma composição de centro-direita, com um discurso populista e um programa nada diferente dos liberais que sempre nortearam as atitudes na América. Lula, impossibilitado de governar em coerência com seus discursos de programa, deu uma guinada, e bandeou para o neoliberalismo clássico, descartou qualquer programa que lhe pudesse garantir uma ponta de nacionalismo necessário em um país que ainda abriga uma grande parte de sua população em grandes áreas de subdesenvolvimento e carência de alimentos. Rompeu com as bases que o elegeram e entregou-se ao centenário modo de governar brasileiro com uma política conhecida como o "toma lá, dá cá", fazendo concessões e cedendo à pressões de interesses das elites agrárias, banqueiros e empresários, além de alianças inimagináveis que percorrem de Sarney A Fernando Collor de Mello. O Presidente de Honduras fez o caminho inverso. Enfrentando as mesmas dificuldades que Lula, não tendo maioria na Câmara, não rendeu-se aos interesses das minorias dominantes, compostas pelas elites econômicas hondurenhas, grupos internacionais, inclusive setores de segurança dos Estados Unidos e tentou, por via democrática (o plebiscito, também previsto no Art. 14 da Constituição Brasileira), estender seu mandato através de mudança na constituição a fim de que fosse legitimado a possibilidade de concorrer a uma reeleição. Como foi impedido à força pelo Exército Hondurenho e a Suprema Corte de colocar as urnas nas ruas para realização do plebiscito, sob a alegação de ilegalidade, mesmo sendo o povo soberano, Zelaya foi preso e teve que sair do país para não ser preso.

Não só em Honduras, mas mesmo aqui no Brasil alguns alegam que o terceiro mandato para o presidente Lula seria equivalente a um Golpe de Estado. Nada mais hipócrita, pois se isso for a vontade popular, legitimado por um amplo e justo plebiscito, o que seria mais democrático? E para os apressadinhos, não estamos com isso aprovando o governo atual - NR.

Independente das trapalhadas de alguns processos de ruptura com estruturas políticas que criam faixas de exclusão social, e de outros governos que teimam em ceder às chantagens de fortes grupos de interesses, a chama da esperança revolucionária começa a reacender em alguns pontos da América Latina como no Paraguai, de Fernando Lugo e Nicarágua, com a eleição de Daniel Ortega. Certamente, a Venezuela e a Bolívia são os combustíveis mais eficazes dessas chamas que se acendem, principalmente na Venezuela, onde o irreverente Hugo Chavez, criticado pela mídia que trabalha para os interesses das minorias elitistas ocidentais, quando é chamado de "ditador", "inconveniente" e "populista", há mais de 10 anos vem consolidando um bem planejado projeto revolucionário, que caminha com o tempo e as oportunidades sem perder a esperança de ver respondidas as demandas de um povo que sofreu por séculos a exclusão provocada pelos governos anteriores, e que eram representados pelos herdeiros do colonialismo "bárbaro" imposto pelos espanhóis por toda a América Hispânica.

Hugo Chávez possui estilo informal e desajeitado, fora dos padrões diplomáticos internacionais, e assim revela-se um autêntico socialista. Um homem capaz de não renovar a concessão da principal rede de rádio e TV da Venezuela, a RCTV, porque estavam em evidente prestação de serviço daqueles que tentam enfraquecer o processo de recuperação dos estragos provocados por séculos de política eurocêntrica, onde todos os privilégios eram reservados aos brancos europeus, e aos índios era reservada a tarefa de produzir alimentos para fortalecer seus algozes dos bairros nobres. Hugo Chavez foi capaz de alterar dispositivo constitucional que impedia que índios se matriculassem em universidades e, além disso, extiguiu o analfabetismo de crianças em idade de alfabetização em toda extensão territorial.

Com uma economia um tanto limitada, a Venezuela depende quase que exclusivamente do que arrecada com a produção de petróleo através da PDVSA, empresa estatal Venezuelana que Chavez retirou das mãos de um grupo que representava os interesses das elites dominantes, e indicou seus próprios homens de confiança para o gerenciamento da empresa. Os Estados Unidos compram quase 100% da produção de petróleo da Venezuela. Antes do governo Chavez, esse petróleo era vendido pela metade do preço de mercado pelos governos entreguistas. Hugo Chavez endureceu as negociações com os Estados Unidos, que então passaram a engrossar as fileiras daqueles insatisfeitos com a liderança venezuelana, e apoiaram o golpe mal sucedido em 2002, que tentou retirar a força Hugo Chavez do poder. Com o apoio do povo e do exército, 2 dias após ter sido deposto por um grupo formado por elites venezuelanas apoiados pela CIA, o Presidente eleito nas urnas na Venezuela estava de volta ao Palácio Miraflores, sede do governo.

A pressão é grande sobre o processo de revolução venezuelana, primeiro porque todos sabem que Hugo Chavez caminha para um socialismo que tem apoio da grande maioria da população daquele país. Ele já deu demonstrações de intolerância com a abertura inevitável que a Democracia oferece às elites econômicas para investirem seus recursos na destruição de seu projeto que flui da demanda popular. Por isso, executa ações que parecem ditatoriais, porém visam a proteger seu projeto voltado para os interesses da maioria e que não pode ser posto em risco pela insatisfação de um grupo minoritário que visa seus próprios interesses, o que é próprio dos países capitalistas democráticos. A segunda causa das pressões é o temor de que o processo revolucionário colocado em prática e ainda em andamento na Venezuela sirva de exemplo para todos os outros países da América Latina, onde Europa e Estados Unidos travam uma briga velada por uma nova onda de colonialismos.

Mahmud Hassam, jornalista e professor de História-RJ



Referências:

FUKUYAMA, Francis - O Fim da História



Bibliografias:

ANDERSON, Perry -O Fim da História: de Hegel a

MARINGONI, Gilberto - A Revolução Venezuelana

HOBSBAWN, Eric - A Era das Revoluções

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DO DIREITO

FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DO DIREITO (Mahmud Hassan)

Após debruçar sobre o texto de Marc Bloch, membro da primeira geração da Escola Dos Annales, podemos ainda ser céticos em relação à importância de se estudar a história como uma ciência que captura o homem no tempo e o tira do papel de coadjuvante no processo histórico? Não. Por mais que alguns autores ainda queiram teimar que haja uma força de inércia no tempo que despreza todo passado e inicia uma nova história, isso não seria possível hoje, baseado na convicção de que nossa história possui causas e origens e nelas estão deitados nossos fatos contemporâneos.

Em função dessa afirmativa, também não podemos entender a História do Direito sem a apreender a lógica da argumentação de Bloch. Sendo o objeto do Direito os códigos de leis e estas, teoricamente, construídas a partir dos costumes, como compreender a complexidade do mundo jurídico sem observar a formação dos costumes, hábitos e culturas? Também não podemos desprezar a lógica de Bloch quando muda seu olhar para a historiografia considerada por ele sem importância, onde a única preocupação é a narrativa dos fatos e dados quantitativos que não revelam os aspectos humanos, elementos relevantes para a criticidade inerente ao estudo do homem no tempo. Como entender o Estado de Direito, sem olhar atentamente a formação dos Estados Nacionais no século XVI, onde três elementos são fundamentais: a centralização dos tributos, a criação do exército nacional e a instauração dos códigos de leis. Na criação dos Estados Nacionais a origem foi a tentativa de obtenção de maior controle do poder do Estado Monarca e defender a burguesia nascente na França. E hoje? É diferente? É possível olhar para o estado de Direito sem considerar suas causas e origens? Ele evidencia sua contribuição para um Estado Democrático? A libertação dos escravos na América do Norte e, mesmo no Brasil, encontrava resistências de natureza jurídica. Não havia qualquer consideração moral em relação à degradação de humanos afrodescendentes. Eles eram propriedade dos grandes proprietários de terras, grandes fazendeiros e produtores agrícolas. Sendo propriedade, interessavam-se pelo fato de que a ação abolicionista não indenizaria o capital investido naquela mão de obra de alto valor, e os prejuízos seriam irreparáveis. A terra confere poder aos seus proprietários e a Reforma agrária sempre foi um incômodo para grandes proprietários. A questão da propriedade no Brasil está intimamente ligada à sua formação social e econômica, e ao seu desenvolvimento. Sem observar os costumes construídos através do processo histórico não seria possível distinguir o ato jurisnatural da aplicação fria da lei. Um grupo de policiais ou outro que invade a residência de um indivíduo teria o mesmo peso de uma invasão por policiais a uma empresa transnacional que se recuse a cumprir as normas jurídicas do país onde está instalada.

BRAUDEL E AS ESTRUTURAS

Na segunda geração dos Annales, o geógrafo francês Fernand Braudel debruça-se sobre os estudos do Mediterrâneo. Em primeiro momento parece retornar ao tradicional modo de olhar para a geo-história, ressaltando as maravilhas e benefícios do mar e o relevo dos países que são banhados por esse oceano. Porém, logo revela que sua preocupação maior está em observar o movimento do homem sobre essa espacialidade rica de possibilidades. Captura o homem no tempo e no espaço geográfico e sua relação com o mesmo para tecer seus costumes e o nascimento da cultura através dessa relação.
Braudel também inaugura formas estruturais de entender a geohistória. São oas estruturas de curta duração, média duração e longa duração: curta duração podemos considerar como exemplo as mudanças constantes nos costumes maritais (casamento); média duração, a permanência de lideranças no poder e longa duração as estruturas políticas e sociais. Esse entendimento é importante para a aplicação e elaboração das leis... LER O TEXTO ITEM 3. As tarefas da História do Direito até o fim. Pág 22 – SOBREA HISTÓRIA DO DIREITO: SEUS MÉTODOS E TAREFAS.